Acho que o inventor do chiclete, ao terminar sua obra prima, nunca imaginou que ele pudesse ser usado tão para o mal como é usado nos dias de hoje. Toda grande invenção, quando cai na mão de pessoas que tem a habilidade inata de fazer coisas que irritam, tende a se tornar algo irritante. O chiclete talvez seja o produto que melhor represente essa afirmação.
Alguém consegue entender o porquê de alguém colocar um chiclete na boca e ficar mascando de boca aberta com uma força não natural? Eu não consigo… O barulho que a pessoa emite fazendo isso é extremamente desagradável. Eu não sei o que pensam, mas fazer isso não é algo sedutor. Fazer isso é nojento e a pessoa que pratica tal ato passa uma imagem asquerosa. O sabor sai em cinco minutos e a pessoa fica lá mordendo o mesmo pedaço de plástico sem gosto por horas e mais horas. Salivando… Nós não somos bovinos para ficar ruminando! Também mata o estresse e previne seu câncer do mesmo jeito se você fizer de boca fechada e não como um filho da puta.
Mas as pessoas fazem questão de serem filhos da puta e, depois de mastigarem um bom tempo de boca aberta, pegam cuidadosamente o chiclete e o colam embaixo das cadeiras. A pessoa que faz isso é o típico cara que, ao notar que você se incomoda com o mascar de boca aberta dele, passa a mascar com mais força e se aproxima de você o máximo possível. Não é legal desejar o mal às pessoas, mas se essas pessoas perdessem todos os dentes por cáries e todas as calças por chicletes colados em baixo da carteira da escola, acho que o panorama mudaria radicalmente.
É por essas e outras que algo que faz coisas maravilhosas, como tirar o bafo quando você bebe demais ou tirar o seu bafo natural mesmo ou deixar um gostinho bom na boca, acaba se tornando um instrumento do mal que só te deixa nervoso e desapontado e transfere momentaneamente o stress de quem está mascando para você, para mais para frente transferir também o câncer de quem está mascando para você; que não masca por causa das cáries.